O palhaço se prepara para mais um show, enquanto pinta a lágrima artificial da sua pele a rotina castigada tenta esconder a dor da vida nos aplausos do respeitável público. Bilheteria, algodão doce, papai, titio, sorrisos infantis, todos estão perfeitamente contentes? Estão ansiosos para ver o pobre palhaço cair, chorar, rolar como um bobo da corte?
Ahhhh que profissão feliz essa de levar o riso para o mundo, o povo quer rir, os adultos querem voltar a ser crianças! As crianças nem pensam em ser adultos! E o palhaço? Ele também queria ser astronauta quando crescesse. Mas todo mundo esquece algumas coisas ou simplesmente tenta esquecer!? Nesse curto momento de extase onde tudo é mágico, não precisamos saber do quem somos, ou porque somos; podemos com toda cara hipócrita acreditar que a culpa não é nossa. Culpa de que o leitor se pergunta. É exatamente essa culpa que procuramos esconder no tapete, ela que nos coloca na defensiva e nos faz dizer que não temos nada a ver, que somos poucos é essa a culpa que nos torna satisfeitos de fazer a nossa porca parte, tão mesquinha e mediocre.
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Um comentário:
Muito bom mesmo esse texto, Flávia ! Só falta saber quantos de nós passaremos a pensar nos "palhaços".
Grande beijo
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